O fim de semana chegou e depois de curtir a tarde na grama de um parque o corpo inteiro começou a coçar? Sim, pode ser carrapato.
Entre maio e outubro, o carrapato-estrela (Amblyomma cajennens), o mais comum no Brasil, começa a proliferar-se e a aparecer na sua forma mais jovem, conhecida como micuim. Nesta fase, as chances dele grudar em você são maiores, por isso, atenção!
Cavalos, cães e gatos, aves domésticas, roedores e, principalmente, capivaras podem carregar o artrópode infectado, que pode transmitir diversas doenças, entre elas a Febre Maculosa Brasileira (FMB) –uma doença grave causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que pode matar se não for diagnosticada com rapidez e tratada com eficiência. No Brasil, metade das pessoas contaminadas morre.
Outras doenças bacterianas transmitidas são a Doença de Lyme (Borrelioses), a Babesiose e a Erliquiose. Algumas Arboviroses, doenças causadas por vírus, também podem ser passadas pelo carrapato, explica o Infectologista Alexandre Naime Barbosa, da Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu (SP).
“A forma jovem do carrapato é menor que a cabeça de um fósforo, o que dificulta a percepção. Às vezes ele está na nuca, atrás da orelha, nos pelos do tórax e até na bolsa escrotal. A inspeção no corpo deve ser criteriosa depois de ficar em uma área com grama ou animais”, explica Cristiane Lamas, médica Infectologista do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas – Fiocruz.