Estudos comprovam que os pombos transmitem doenças como meningite, dermatites e alergias. Alimentar essas aves, faz com que elas continuem migrando para as cidades e colocando em a saúde da população e patrimônios urbanos em risco.
Diante disso, desde o dia 6 de julho de 2015 é proibido alimentar as aves em áreas públicas de Guarulhos, na Grande São Paulo.
A lei, criada pelo vereador Toninho da Farmácia (PRP) e sancionada pelo prefeito Sebastião Almeida (PT), definiu que haverá advertência e, em caso de reincidência, a aplicação de multa no valor de R$ 397 para aqueles que alimentarem pombos.
“Vários vereadores falaram que eu não tinha o que fazer quando defendi por mais de uma hora a criação desse projeto, não deram a devida importância. Sou a favor da proteção dos animais e também da saúde. É um projeto que visa muito mais a conscientização das pessoas”, afirma o vereador.
Toninho alega que deixar de alimentá-los faria com que as aves deixem a cidade e migrem para as matas e zonas rurais.
Contudo, Karina Reis, fonoaudióloga, 29, moradora da Vila Andrade diz não acreditar que os animais sejam um problema tão grave na cidade. “Trabalho perto da praça Getúlio Vargas (centro) e não vejo tantos. Vejo menos ainda pessoas alimentando os poucos que aparecem”.
Já a professora Carolina Cristovão de Macedo, 27 não acha as doenças sejam bons argumentos. De acordo com ela, muitos outros animais também transmitem doenças e não são “expulsos” do nosso meio. O fato de não alimentar-los não quer dizer que eles não conseguirão alimentos, principalmente em zonas urbanas.
“Se proibir a alimentação for diminuir a proliferação deles, sou a favor, porém não é só isso. Todo lugar que existe pombos tem sujeira e eles se alimentam disso: de água suja, resto de qualquer coisa, lá estão eles bicando o chão em busca de alguma coisinha”, diz Eloisa Kuhn, 25, da Vila Santo Antônio, que tem medo de pombos, mas é bastante crítica em relação à lei.
“Antes de proibir a alimentação deles, por que não proibir sujar ruas, praças e locais públicos em geral? Daí sim”, conclui a engenheira.
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